quarta-feira, 24 de março de 2010

“Eram tempos de sussurros, de cortes velados, de sobrevivência a qualquer preço. Rafael de Carvalho, ator, escritor e repentista de voz possante, que em 66 se destacara em Se Correr o Bicho Pega, Se Ficar o Bicho Come, de Oduvaldo Viana Filho, o Vianinha, tinha sido preso no temível Cenimar, Centro de Informações da Marinha, considerado o mais eficiente órgão de informações militares durante a ditadura. Tempos depois, Bayer, Vereza, Fábio Sabag e Gugu Olimecha – presidente do Sindicato dos Artistas - foram tirá-lo da prisão Sem trabalho, o ator arranjou uma kombi e passou a viver de frete para defender algum dinheiro. A ordem era “se virar”.

Extraído do livro “Noitada de Samba – Foco de Resistência”, texto de Marcia Guimarães

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